Metodologia / Avaliação
Será desenvolvido um estudo envolvendo as unidades escolares e as unidades de saúde presentes nos bairros tidos como de maioria negra e com problemas relativos à ocorrência de fatos considerados violentos na cidade de Vitória da Conquista-Ba. Essas unidades serão identificadas por meio de parcerias e de dados de pesquisas existentes.
Para implementação do Programa é necessário conhecer as demandas das unidades e a percepção dos jovens negros e da comunidade onde vivem sobre a violência. Para tanto, como proposta e cronograma para a implementação do PEG, considera-se as seguintes fases:
Primeira Fase – Coleta primária e avaliação das unidades e do seu entorno.
Esta fase terá uma duração de seis meses. O objetivo desta fase é conhecer as necessidades in loco e a percepção da problemática, utilizando-se de mecanismos para coleta de dados, para fins de análise e aplicação efetiva do PEG.
Mecanismos a serem utilizados: Todos os recursos humanos, bem como os de pesquisadores nas áreas de Sociologia e de Saúde Coletiva. As equipes de coletores de dados serão constituídas por estudantes de graduação dos cursos de Psicologia, Farmácia, Enfermagem e Nutrição.
Tecnologia de coleta de dados: Serão utilizados mecanismos tecnológicos, como o uso de tabletes interligados por um programa de coletas de dados, onde as equipes poderão aplicar questionários e ao mesmo tempo enviar os dados coletados. Facilitando assim o processamento das informações para análise estatística a posteriori. Esses recursos tecnológicos facilitaram o cadastramento de indivíduos para uma das fases de pesquisa citada a cima, que é a fase da avaliação e percepção da problemática.
Metodologia de ação:
Segunda Fase – Aplicação da Ação
Esta fase terá uma duração de 18 meses. As informações coletadas da primeira fase serão utilizadas para uma melhor aplicação do programa. Com base nas informações obtidas pode-se trabalhar de forma integrada com os Setores de Educação, Assistência Social, Psicologia (CAPS) e de Saúde do município. Dessa forma, promove-se uma mobilidade e melhora-se a acessibilidade do grupo em questão. Assim, toda a população do entorno será beneficiada.
A partir deste momento há duas linhas de trabalho paralelas e coordenadas:
Nesta linha de trabalho, promove-se a integração transcultural visando reduzir o racismo e o preconceito nas diversas instituições que se relacionam com os jovens. Proporciona-se o apoio psicológico e social a família do estudante vítima de violências e com baixo rendimento escolar. Colabora-se no processo de disciplina dos alunos em parceria com os serviços de Orientação Educacional e Psicologia. Participa-se via transversalidade e interdisciplinaridade, das atividades pedagógicas e das Campanhas Sociais da Escola (Sensibilização, Arrecadação, Catalogação, Distribuição, Divulgação e Avaliação). Colabora-se na formação de um Currículo pautado em princípios Éticos da Educação Infantil ao Ensino Médio quando solicitado, utilizando-se de todos os meios e programas possíveis para consolidar valores e princípios em atividades como: recreação de férias, videoteca, biblioteca, grupos de alunos, acampamento, artes, música, teatro, esportes, viagens, aulas, palestras, comemorações, “acampadentro” (acampamento dentro da instituição escolar), etc. Além disso, realiza-se atendimento a pessoas em crise (Alunos, Funcionários, Familiares e Comunidade em Geral). Cria-se um canal de mediação de conflitos e tensões favorecendo o estabelecimento de um ele entre a Escola (professores e funcionários) e alunos/pais. Fornece-se diretrizes a pessoa atendida para viver a verdadeira humanidade, com vistas a um melhor relacionamento com ela mesma e com o próximo.
Os mecanismos utilizados nesta fase serão aplicados por multiprofissionais envolvidos no PEG, contribuindo de forma efetiva e eficaz na prevenção e solução da violência.
Esta é a fase em que se promove empreendimentos econômicos solidários nos segmentos de artesanato e reciclagem para os jovens nos bairros mais atingidos pela violência e para os jovens egressos do sistema prisional. Os parceiros existentes na comunidade, como por exemplo a associação de artesões e artistas plásticos, serão utilizados para promover as oficinas de aprendizagem e de profissionalização. Assim, cria-se um elo entre o jovem egresso do sistema carcerário e a sociedade. Isso também não impede a realização de parceiras com entidades externas, como o SEBRAE, o PRONATEC, o SENAI e o SENAC, que desenvolvem cursos profissionalizantes a um nível técnico. Dessa forma, o jovem terá a oportunidade de torna-se um cidadão de bem.
Além disso, nesta fase se promove o desenvolvimento social e da autoestima, diminuindo o stress do homem urbano, e despertando vias para a realização pessoal.
Nesta fase, que contempla o prazo de 18 meses, também serão disponibilizadas as informações e os resultados mais relevantes obtidos no decorrer do programa. Vale ressaltar que todo conteúdo será de domínio público. Disponibilizado no Web Site do PEG: www.pegbr.org.